Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu a comercialização e uso de pomadas de modelar e trançar cabelos. A medida foi adotada após a notificação de casos de cegueira temporária (perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça relatados pelas usuárias.
Segundo as informações disponíveis, os eventos ocorreram, principalmente, com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina e de chuva após terem feito uso dos produtos. A farmacêutica e conselheira, Flávia Dabbur, membro do Grupo de Trabalho de Práticas Integrativas e Complementares do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, explica que este é um dos problemas que podem acontecer com o uso de cosméticos, incluindo as maquiagens, em que os registros são duvidosos.
A orientação é que o consumidor compre esses produtos em drogarias, farmácias, redes de supermercados, estabelecimentos especializados na área de cosméticos. “É importante observar também como as fórmulas estão descritas nos rótulos, se existe erro gramatical, erro de tradução, a qualidade da embalagem, a padronização do rótulo porque isto são indícios que os produtos não estão de acordo com a legislação”, disse.
Outro alerta é o valor do produto. A farmacêutica garante que não existe milagre quando o assunto é o preço: “se a maioria dos produtos estão sendo vendidos em um mesmo valor, e outro estiver muito abaixo o consumidor deve desconfiar da origem deste produto”. De acordo com ela, as orientações servem para as lojas físicas e lojas virtuais.
Danos que podem ser causados
No caso das maquiagens, das sombras, rímel, lápis e delineador em especial, ela pode causar conjuntivite, irritabilidade ocular, blefarite. Por se tratar de um produto que fica na pele, a longo prazo o corpo vai absorvendo os metais pesados que são usados nestas maquiagens porque eles não são eliminados pelo nosso corpo.
“O que acontece é que os pigmentos usados nestas maquiagens de origem duvidosa não passam por um controle e para baratear a produção, eles utilizam pigmentos proibidos pela legislação”, afirmou.
Conteúdo originalmente publicado no site do CRF-Alagoas. Para conferir o conteúdo original clique aqui
Texto: Ascom CRF/AL
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil